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Jurdina Bier: a primeira cervejaria artesanal de Boituva

  • Foto do escritor: Especiarias Revista
    Especiarias Revista
  • 12 de nov. de 2021
  • 5 min de leitura

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A cervejaria Jurdina Bier foi criada em 2019 por Edivaldo Cordeiro, juntamente de outros amigos, apenas por hobby. A sede da Jurdina está localizada no município de Boituva. O empresário e seus colegas procuraram receitas de cervejas artesanais para tomarem como base e foram aperfeiçoando para criarem uma receita que agradasse a seus paladares. Na primeira tentativa de produzir a cerveja, houve grande perda da bebida, sendo criado poucos litros de cerveja. Porém, com o tempo foram melhorando suas técnicas e deixando outros amigos provarem a cerveja artesanal, fazendo com que quisessem pagar por elas. Foi assim, que Edivaldo e seus amigos decidiram que a cerveja Jurdina podia ir além de um hobby, mas poder ser vendida para o público.


- Como surgiu a ideia de criar a cervejaria?

Tive a ideia em um dia em que estava tomando cerveja com um parceiro meu na adega, como somos técnicos em química, brincando com ele, comecei a questionar “por que não fazermos cerveja?”. Outro colega que estava junto da gente, comentou que seu chefe tinha umas panelas para produção de cerveja e estava doando para quem quisesse, porque ia se mudar para um espaço menor que não iria caber, e acabamos indo buscar as panelas lá em Jundiaí.


- Onde vocês começaram a produzir e onde se encontra o local de produção atualmente?

Quando pegamos as panelas com o Armando, nosso amigo que ofereceu as panelas e hoje é nosso sócio, começamos a produzir na minha casa. Ali começamos a fazer nossa primeira brassagem (fermentação e destilação da cevada). Fomos em Jundiaí pegar as panelas e aprendemos com um mestre cervejeiro como produzir cerveja para fazermos uma experiência. No nosso primeiro teste após a brassagem, conseguimos produzir 40 litros de cerveja.


- Quais as maiores dificuldades no início?

Para quem está começando a maior dificuldade é o conhecimento, você precisa saber o processo de maturar correto a cerveja, se não conseguir, pode perder tudo. Em segundo, vem os equipamentos, mas os equipamentos nós ganhamos. Ganhamos entre aspas, porque ele nos deu e depois pegou de volta. Mas mesmo assim, deu pra começar. Precisa de panelas, uma geladeira livre e uns equipamentos de medição.


Nós não tínhamos intenção de vender, era apenas por brincadeira, então pegávamos os 40 litros que eram produzidos e dividíamos em 4 ou 5 amigos, apenas depois que começamos a pensar em vender. A disponibilidade do horário também influencia muito. Quando era apenas uma brincadeira, nós nos reuníamos e fazíamos churrasco enquanto ia produzindo a cerveja. Mas agora virou um segundo trabalho, então temos que dedicar mais tempo a cervejaria.


- Como funciona o processo de produção das cervejas?

O processo de cerveja artesanal é relativamente simples. Nós fazemos em panelas, então fervemos a água até certa temperatura, depois colocamos o malte e deixamos chegar na temperatura de extração das enzimas. Depois que extraímos as enzimas fazemos uma lavagem no malte e jogamos mais um pouco de água quente pra extrair mais enzimas. Depois disso, entra no processo de fervura. Após a fervura, precisa ir direto para o resfriamento e em seguida a maturação. Na maturação, apresentamos o fermento, que vai fazer o trabalho de “comer” as enzimas e liberar o álcool. Depois de 7 dias o liquido vai estar ferventado e entra em processo de maturação. Apenas 15 dias depois de produzido, a cerveja vai estar pronta e começamos o processo de envasamento.


- Atualmente, quais os tipos de cerveja produzidas pela Jurdina?

Hoje em dia, a Jurdina comercializa dois tipos de cerveja, a IPA que é nosso carro chefe e a cerveja tipo Lager, que o pessoal vêm gostando bastante. Mas, nós também fazemos uma edição da cerveja OktoberFest e red ale, porém é sazinal. Atualmente, focamos, apenas na IPA e na Lager, por falta de tempo.


- Qual cerveja agrada mais o paladar do seu público?

Bom, na outra resposta já foi meio que respondida, mas a que mais sai é a IPA, sendo nosso carro chefe. Por mais que tenhamos decidido fazer uma cerveja IPA, que é uma cerveja forte, nossa cerveja é chamada de transição. É para aquela pessoa que está tomando uma Heineken e quer algo um pouco mais amargo, não tão forte, que seja um pouco mais amargo e consiga continuar bebendo a cerveja sem sentir que está “cheio”.


- Quais os tamanhos de garrafas produzidas?

Atualmente, paramos de comercializar as garrafas. O que começamos a vender é o chopp no copo de 500ml, que fica mais viável e não tão caro para quem quer beber. Outro motivo por desistirmos da garrafa, é a falta do produto no mercado, nós não compramos em grande quantidade, e quando achamos fica muito elevado o preço das garrafas. Assim, o chopp foi a melhor forma de continuarmos vendendo durante a pandemia e por um preço bem acessível ao pessoal que gosta de IPA e Lager.


- Caso alguém queira encomendar uma grande quantia de cerveja, qual vai ser o tempo de produção até a entrega?

Nós já temos a clientela fixa, mas caso alguém queira encomendar uma grande quantidade, programamos uma previsão de 2 meses para entrega. Assim, podemos nos programar e entregar até 200 litros de chopp com uma boa qualidade para quem quiser. Estamos também fazendo feiras pela região, hoje em dia estamos participando de 4 feiras e vendendo nosso chopp, nossa venda gira em torno dos 500 litros de chopp por mês nas feiras.


- Quais são os cuidados tomados durante a hora do envasamento?

O envasamento é o momento mais complicado. Na hora de envasar o vasilhame ou barril precisa estar bem higienizado, qualquer deslize, pode estragar a cerveja e contaminar tudo, fazendo com que a gente perca a produção. O importante é não ter ar também, após ser colocado no barril ou nas garrafas, fazemos um processo de retirada do ar e injetamos o CO2 (gás carbônico) que irá carbonatar a cerveja e estará pronto o produto.


- Vocês já participaram de algum campeonato de cervejas artesanais?

Não participamos de nenhum campeonato ainda. Apenas mandamos nossa cerveja para alguns mestres cervejeiros da região e nos deram notas boas pela nossa produção. Ainda não nos preocupamos em ganhar prêmios, queremos fazer com que o público da região se agrade com o que temos para oferecer.


- Já houve a divulgação da marca em algum evento do interior?

Nossa cerveja é divulgada em diversos pontos da região, no paraquedismo de Boituva, o chopp que é distribuído lá é o nosso. Também fazemos as feiras, começamos na quarta feira em Porto Feliz, na quinta-feira fazemos em um condomínio fechado aqui em Boituva. Já na sexta-feira, montamos nossa barraca na feira da lua, a feira noturna de Boituva que fica do lado do bairro Flamboyant. Nos sábados, vamos no bairro Recanto Maravilha, bairro de Boituva, localizado a frente do paraquedismo. Esporadicamente, vamos na cidade de Iperó para divulgar nossa cerveja também.


- Juntamente da sede, possui um food truck que comercializa seus produtos, quais tipos de comida são vendidos ali?


O food truck que fica na sede, trabalha com lanches. São carnes todas feitas no defumador para acompanhar com a nossa cerveja. Também tem a costelinha de porco caramelizada, lanches de contra filé e de pernil de boi. O Paulo que é o churrasqueiro, tem muita experiência com carnes e fica show tomar uma cerveja IPA com algum acompanhamento.


- Por fim, quais são os dias e horários que ocorrem esses eventos na sede da Jurdina?

Os eventos aconteciam toda quinta-feira. Porém, o food truck começou a ser pedido em outras feiras, em points com mais pessoas e as reuniões foram canceladas. Agora, o food truck é itinerário e na sede da Jurdina, agora nos reunimos apenas para produzirmos as cervejas. Então, produzimos as cervejas conforme a demanda. Geralmente, quando todos integrantes podem, que é no final de semana. Dependendo da demanda, trabalhamos até 3 fins de semana por mês sem parar. Mas em um futuro próximo, esperamos que até o ano que vem, a Jurdina chegue com novidades para realizarmos eventos com o pessoal na nossa própria sede.



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Escrito por Luiz Frizo

Jornalista da revista especiarias, amante de esportes, principalmente do bom futebol. O sucesso é fruto do nosso trabalho. Nas horas vagas, gosta de jogar futebol, encontrar os amigos e viajar.





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Projeto desenvolvido pelos alunos do 6° semestre de jornalismo, matriculados na disciplina de "Projeto Interdisciplinar: Revista Digital" da Universidade de Sorocaba. 

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Sorocaba/SP

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