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A cozinha High Tech do presente e do futuro!

  • Foto do escritor: Especiarias Revista
    Especiarias Revista
  • 12 de nov. de 2021
  • 6 min de leitura

Atualizado: 12 de nov. de 2021

A tecnologia que cerca a sua rotina e a sua alimentação. Desde um clique no celular, uma batedeira, até uma máquina que produz 150 pacotes por hora

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Cheirinho de café, rápido e prático.

Foto: Thaís Verderamis


Você acorda às 6h, alcança o despertador, só mais dez minutos, modo soneca, ele toca outra vez, você senta, pega o celular, responde as mensagens, olha as redes sociais, checa a previsão do tempo e vai se arrumar. No café da manhã, o café da cafeteira ou um suco verde detox, batido no liquidificador (pode ser que você seja fitness), um pão na torradeira, um ovo na geladeira e assim até o fim do dia, cercado por tecnologia. Nem pensar em acabar a luz ou cair a internet.


A tecnologia vem facilitando cada vez mais a vida, tanto, que já é muito difícil ficar sem ela. Na cozinha, foi um grande salto, com as pesquisas, inovações e criações, novas máquinas estão sendo lançadas aumentando cada vez mais a produtividade, higiene e validade dos produtos industrializados. Os equipamentos são pensados para produzir mais, para evitar desperdícios e não consumirem muita energia, ou seja, automação e custo benefício.


Fora das indústrias, dentro das residências, batedeira, mixer, liquidificador, forno elétrico, micro-ondas, cooktop, máquina de macarrão, de pão, de sorvete e por aí vai. A Dayane Priscyla Silva, 31, chefe de cozinha, tem sua cozinha em casa bem equipada. “Com estes produtos eu consigo preparar uma boa comida com mais praticidade e ainda consigo diminuir o tempo que passo na cozinha”, conta.


Nos restaurantes a praticidade é maior ainda, produtos em pó, máquinas automáticas, temporizadores, tablets, tudo que torna os processos muito mais rápidos, eficazes e eficientes.

Vamos mais longe um pouco, você quando criança - não sei se você brincava com bonecas de plástico com olhos de decalque ou Budy Poke no Orkut - já imaginou que um dia você daria alguns cliques em um celular e sua comida seria levada até você? Simples assim? Acredito que não, mas os aplicativos de delivery como Ifood, Rappi e o Uber Eats são tendência e se tornaram ainda mais na pandemia. Segundo reportagem de dezembro de 2020, da CNN Brasil, os gastos com aplicativos de comida cresceram 38% durante o isolamento social.

As facilidades não terminam. Quando foi autorizada a abertura do comércio e dos restaurantes, aos poucos, surgiram mais opções também para quem gosta de comer fora e de economizar.


A tecnologia se esgueirando para o interior - Aplicativo Primeira Mesa


No exterior é comum que os restaurantes deem descontos para os clientes que chegam cedo ao estabelecimento. Com esta prática, reduzem a ociosidade dos espaços e melhoram o lucro do restaurante ao incentivar o movimento naqueles primeiros horários, quando os funcionários já estão trabalhando, a água e luz estão sendo utilizadas e os gastos estão acontecendo.

Inspirado neste costume gringo, em Sorocaba, foi criado e desenvolvido o Primeira Mesa. Através do aplicativo, é possível fazer reserva em um dos restaurantes disponíveis e o objetivo é chegar cedo. É cobrada uma taxa equivalente ao número de pessoas que vão ao restaurante e chegando no horário, além do restaurante estar preparado, é disponibilizado um desconto de 50% na conta da refeição.


Segundo Leonardo Cuofano, fundador e presidente do Primeira Mesa, atualmente há mais de um milhão de usuários espalhados em mais de 100 cidades por todo o Brasil. O aplicativo não tem o intuito de oferecer somente um desconto, mas proporcionar oportunidade e facilidade para que as pessoas conheçam novos lugares, culinárias e sabores que sem o desconto, não poderiam fazê-lo.


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Canhão de pipoca doce, versão anterior aos atuais utilizados na fábrica Clac. Foto: Thaís Verderamis


A Fantástica Fábrica de Pipoca Doce


Uma fábrica grande, pintada por duas cores, vermelho e amarelo, no interior de São Paulo, em um bairro silencioso, exceto pelo som dos 12 ‘canhões’ disparando a cada dez minutos cinco quilos de pipoca de canjica e o cheiro delicioso de pipoca caramelizada no ar. Cada passo um susto e um suspiro, até acostumar.


Criada em 1982, a Clac, fábrica de pipoca localizada em Votorantim, começou com máquinas manuais, com alavancas, muitos funcionários e metade do conhecimento e produção que tem hoje.


“Hoje nós produzimos o equivalente a cinco mil quilos por dia e 110 toneladas ao mês. No início, em 1982, produzia-se três mil quilos por mês”

Conta Sérgio Laureano, 59, diretor da Clac. Além da quantidade de produção, o avanço da tecnologia proporcionou conhecimento e segurança. Laureano explica que as embalagens utilizadas antigamente possuíam somente uma camada, hoje em dia, possuem duas, as embalagens laminadas que são muito mais seguras, protegem o alimento de contaminações externas e mantém a qualidade do produto até o consumo.


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Muito mais tecnologia do que somente um saco plástico. (Foto: Thaís Verderamis)


A evolução nas tabelas nutricionais também foi de grande importância. Antigamente não se tinha preocupações ou conhecimento do que é a contaminação cruzada direta ou indiretamente, que é a contaminação de um produto através do contato direto com a substância ou indireto através de utensílios ou superfícies.


Por exemplo, produzir um alimento com glúten nas mesmas máquinas onde se produz alimentos sem glúten. Pessoas alérgicas podem ter problemas pela contaminação cruzada e não identificar qual produto consumido foi responsável pela reação.


Os profissionais responsáveis pelo processo dos alimentos nas fábricas, são eles, os engenheiros de alimentos.


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O engenheiro de alimentos não faz castelos de macarrão


Você sabe o que faz um engenheiro de alimentos? Ou toda vez que ouve esse nome, pensa na construção de prédios com comida? Não é bem assim, as funções ocupadas por esses profissionais são muito importantes. São os engenheiros de alimentos que supervisionam cada processo pelo qual os alimentos vão passar, as quantidades de ingredientes, os níveis de proteína, de gordura, os tipos de embalagem, a tabela nutricional, a gestão de colaboradores, os procedimentos operacionais, documentos, procedimentos de higienização e a aceitação do produto no mercado.


Essas muitas funções, garantem que o produto tenha a validade certa, que todos os ingredientes utilizados estejam bem identificados para o consumidor, que a rotina de produção da fábrica siga todas as normas de segurança e que o alimento seja delicioso e seguro.


A tecnologia proporciona um grande avanço com muita rapidez nesta indústria. “A evolução das tecnologias de uma forma geral de alimentos e estrutura de equipamentos, melhoria de equipamentos foi uma coisa gigante que aconteceu nos últimos dez anos” conta o professor de engenharia de alimentos e gerente de produção Norberto Pelentir, 48, que trabalha na indústria há 23 anos.


As normas a serem seguidas também evoluíram com as outras descobertas, maquinários e processos. A ISO Internacional Organization for Standardization, em português, Organização Internacional de Normatização é uma entidade internacional formada por um grupo de 162 países que padroniza e normaliza produtos e serviços.


Há algumas certificações ISO voltadas à indústria alimentícia para que sejam implantados programas de monitoramento e melhorias na segurança dos alimentos, como a ISO 9.000, 9.001 e a mais nova 22.000.


Segundo Pelentir, a ISO 9.000 foca na qualidade do processo de produção do produto, em como é fabricado este produto. A ISO 9.001 envolve além da produção, a logística, a recepção de matérias primas, a gestão de pessoas, a organização do ambiente e o atendimento ao consumidor. A ISO 22.000 garante a segurança dos alimentos, a higiene e saúde dos colaboradores, a limpeza dos equipamentos, os produtos químicos que serão utilizados para esta limpeza e o controle sanitário dos produtos. Ou seja, a ISO 22.000 garante a qualidade e segurança do alimento.


Claramente a tecnologia, o estudo e o conhecimento adquirido através dos anos proporcionou grandes mudanças e clareza nos processos. A tecnologia não pára e não vai parar, pelo contrário, as mudanças estão cada vez mais rápidas.


Quanto tempo será que vai levar até que inventem o fogão dos Jetsons? É só apertar um botão e a comida surge. Talvez não muito tempo. Engenheiros da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, já estão desenvolvendo um robô que utiliza lasers para cozinhar e impressão 3D para montar os alimentos. Como será a cozinha futurista?


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O fogão mais prático e rápido que pedir um Ifood.

Foto: Google Images




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Escrito por Thaís Verderamis

Jornalista em formação, católica e chocólatra! Sou fascinada por livros de aventura e romance e não funciono sem música o tempo todo. Amo doramas clichês, cinema, cachorros, passar tempo com os amigos e minha casa é a corvinal!










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Projeto desenvolvido pelos alunos do 6° semestre de jornalismo, matriculados na disciplina de "Projeto Interdisciplinar: Revista Digital" da Universidade de Sorocaba. 

@Revistaespeciarias - 2021
Sorocaba/SP

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